COMPARAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM DIFERENTES REGIÕES DE SAÚDE DO ACRE

Autores

  • Diego Goncalves De Lima Universidade Federal do Acre
  • Anderson Gonçalves Freitas Universidade Federal do Acre
  • Joy Braga Cavalcante Universidade Federal do Acre
  • Igor Sombra Silva
  • Dionatas Ulises De Oliveira Meneguetti
  • Romeu Paulo Martins Silva Universidade Federal do Acre

Palavras-chave:

Obesidade, Estado nutricional, Prevalência, Criança

Resumo

Objetivo: Comparar o estado nutricional de crianças beneficiárias do programa Bolsa Família em diferentes regiões de saúde do Acre. Método: Para o presente estudo foram adquiridas informações do Sisvan/Bolsa Família sobre crianças de 5 a 10 anos de idade do estado do Acre segundo as três regiões de saúde, Alto Acre; Baixo Acre e Purus; Juruá e Tarauacá/Envira, beneficiárias do Programa Bolsa Familia nos anos de 2011 a 2015. Nestes anos existiam informações de 94.693 crianças, sendo 54.847 do sexo feminino e 39.846 do masculino. Para a classificação do estado nutricional das crianças utilizou-se o Indice de Massa Corporal (IMC) por idade. Resultados: As crianças que apresentaram maior percentual de sobrepeso durante os anos avaliados foram as crianças da região Alto Acre apresentando a média de 15,89 e 14,52% respectivamente para meninos e meninas. A maior obesidade entre as crianças foi obtida Alto Acre, com 7,04% de prevalência entre as meninas e 6,12% nos meninos. Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre a prevalência de obesidade nas meninas da regional Juruá e Tarauacá/Envira (JTE) com a do Alto Acre (AA) e entre as meninas do Baixo Acre e Purus (BAP) com a do Alto Acre (p<0,01). No que tange a obesidade grave é possível observar que a maior prevalência se deu na regional do Alto Acre entre o sexo masculino, com 7,01%. A obesidade grave também foi alta entre os meninos da regional do JTE e BAP, 4,80% e 4,95%, respectivamente; houve diferença significativa entre as meninas e meninos da regional do AA (p<0,05) e entre os meninos da regional do JTE com a do AA e BAP com a do AA (p<0,05). Conclusão: Portanto, observa-se que o sobrepeso e obesidade estão presentes nas crianças de diferentes regionais de saúde em níveis próximos aos encontrados no Brasil.

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Publicado

2018-08-04

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Artigo Original