As proporções ímpares do hiper-realismo existencialista de Ron Mueck

Autores

  • Walace Rodrigues Universidade Federal do Tocantins - UFT

Resumo

Este artigo tenta compreender a obra do escultor Ron Mueck (Melbourne, 1958) pela via do existencialismo de Jean-Paul Sartre (Paris, 1905 – Paris, 1980), abrindo espaço para questionar acerca de como a Arte pode lidar com os questionamentos do nosso mundo de hoje. Busca-se, aqui, desvendar as possíveis significações culturais que a escultura atual com foco extremamente humano pode nos trazer, adensando o debate sobre os mecanismos de criação artística atual e oferecendo elementos à melhor compreensão do valor estético da escultura de cunho “existencialista”. Ainda, um ponto de grande valor crítico e que detectei na exposição de Ron Mueck no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro foi o jogo de proporções da qual se serve o artista para nos mostrar que suas esculturas não são seres humanos reais, mas uma mimésis da realidade interior do ser humano na atualidade.

Biografia do Autor

Walace Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutor em Humanidades (área de Antropologia da Arte), mestre em Estudos Latino-Americanos e Ameríndios e mestre em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Universiteit Leiden (Países Baixos). Pós-graduado (lato sensu) em Educação Infantil pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Licenciado pleno em Educação Artística pela UERJ. Professor Assistente da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Referências

BATAILLE, Georges. Le dictionnaire critique. Orléans: L'Écarlate, 1993.

BLACKBURN, Simon. Dictionary of Philosophy. New York: Oxford University Press, 2006.

GUIRALDELLI JR., Paulo. História Essencial da Filosofia. São Paulo: Universo dos Livros, 2010.

GORSEN, Peter. The Return of Existencialism in Performance Art. IN BATTCOCK, Gregory; NICKAS, Robert (ed). The Art of Performance. Critical Anthology. New York, 1984, pag. 135-141.

JANSON, H.; JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte. 2a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MCCARTHY, David. “The nude that darling of the artists, that necessary element of success”. IN: The Nude in Contemporary Art. Ridgefield: Herlin Press, 1999, Catálogo de exposição no The Aldrich Museum of Contemporary Art, pág.41-102.

PICKERAL, Tamsin. Gian Lorenzo Bernini. IN: FARTHING, Stephen (ed.). 501 Grandes Artistas. Rio de Janeiro:Sextame, 2009, pág. 122-123.

ROSS, Christine. The Paradoxical Bodies of Contemporary Art. IN: JONES, Amelia (ed.). A Companion to Contemporary Art since 1945. Oxford: Blackwell Publishing Ltd, 2006, pág. 378-400.

SARTRE, Jean-Paul. Existencialism Is a Humanism. London: Yale Unviersity Press, 2007, traduzido de Paris: Éditions Gallimard, 1947.

SCHILICHTA, Consuelo. Artes Visuais e Música. Curitiba: IESDE Brasil, 2006.

SOUZA, Alcídio M. de. Artes plásticas na escola. Rio de Janeiro: Bloch Editores, 1970.

STURKEN, Marita; CARTWRIGHT, Lisa. Practices of looking: an introduction to visual culture. New York: Oxford University Press, 2005.

Downloads

Publicado

2016-02-04

Edição

Seção

Artigos